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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOSÉ RODRIGUES DE PAIVA

( Pernambuco – Brasil )

 

Nasceu em Coimbra, Portugal (1945), e vive em Pernambuco desde 1951. É bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco e doutor em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco, onde foi professor de Literatura Portuguesa e presidente

da Associação de Estudos Portugueses Jordão Emerenciano.
Criou e dirigiu as revistas Encontro e Estudos Portugueses. Colaborou no suplemento literário do Diario de Pernambuco e faz parte da Geração 65. Poeta, contista e ensaísta, publicou cerca de duas dezenas de livros, entre os quais, coletâneas de contos: Três noites no sobrado (1969) e Como as nuvens que passam (2018); livros de poemas: O círculo do tempo (1972), Memórias do navegante (1976), Os frutos do silêncio (1980), As águas do espelho (2008); e volumes de ensaios de crítica literária: O espaço-limite no romance de Vergílio Ferreira (dissertação de mestrado – 1984), As surpresas do mágico (1985), Reflexos do signo (1988), Literatura e emigração (1990), Fulgurações do labirinto (2003), Vergílio Ferreira: Para sempre, romance-síntese e última fronteira de um território

ficcional (tese de doutorado – 2007), Em nome da escrita: Estudos sobre Vergílio Ferreira (2011) e Geração 65: Cinquenta anos (2016). Como organizador e editor, publicou Estudos sobre

Florbela Espanca (1995) e Estudos sobre Miguel Torga (2010).JOSÉ RODRIGUES PAIVA .TÍTULOSO BREVE FULGOR DO TEMPO

Biografia extraída de http://editora.cepe.com.br/

Possui graduação em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (1969), mestrado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (1981) e doutorado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Atualmente é professor associado nível 3 da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Portuguesa.

[ Texto extraído de https://www.escavador.com]

 

 

JARDINS SUSPENSOS

Caíram sobre o mar
os meus jardins suspensos,
e extinguiu a canção
que era a voz do silêncio.

A canção de ouro e névoa,
fumos brancos de incenso,
invisíveis pilares
desses jardins suspensos.

Mas no mar a canção
sobre as ondas vogou
e às vozes do mar
suas vozes juntou.

Do silêncio das águas
construiu-se a linguagem
que elabora o poema
em líquidas imagens.

E das algas, das ondas,
das pedras, dos corais,
floresceram canções
que não se ouviram mais.

Canções de ouro e de névoa,
de águas passageiras,
como flores levadas
por correntes ligeiras.

Flores dos meus jardins
suspensos da canção,
que brotam do silêncio,
do mar, da solidão.

Emergiram das águas
os meus jardins suspensos,
renasceu a canção
das vozes do silêncio.

Música de ouro e névoa,
fumos brancos de incenso,
flores que são pilares
desses jardins suspensos.

 

 

*

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Página publicada em maio de 2022


 

 

 
 
 
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